Estações mais quentes e úmidas, como a primavera, favorecem a proliferação de pragas urbanas. Por isso, especialista em controle de pragas alerta sobre o risco que elas podem trazer para casas, ambientes comerciais e até mesmo materiais de construção. Isso ocorre devido aos abrigos de pragas que são criados involuntariamente e favorecem esse cenário de proliferação.
Para contextualizar a importância desse controle de pragas, cerca de 17% das doenças infecciosas conhecidas mundialmente são transmitidas por vetores, segundo a Organização Mundial da Saúde. Entre as pragas urbanas, os ratos são capazes de transmitir até 55 doenças aos humanos, entre elas a leptospirose. Já as baratas, costumam carregar microrganismos como bactérias, vírus e fungos presentes nos esgotos.
A especialista em controle de pragas, Priscilla Duque, explica que são consideradas como pragas todo animal, vertebrados e invertebrados, que vivem em desarmonia com um certo espaço ou ambiente, e que tendem a causar danos à saúde humana e também a bens materiais. “Além de evitar o favorecimento dos abrigos de pragas, muitas das vezes a desinsetização é recomendada para evitar que as pessoas tenham algum tipo de contato com as fezes, urina ou até mesmo sejam atacadas por alguma destas pragas”, conta a Responsável Técnica e Médica Veterinária Sanitarista da Solaris, empresa especializada em controle de pragas urbanas.
Segundo Priscilla, espaços de construções, beiradas e telhados podem se tornar ambientes propícios para o desenvolvimento de alguns animais e insetos que colocam em risco a saúde humana. “Os escorpiões podem se adaptar facilmente a lugares com muito lixo e entulho, e procuram por baratas para se alimentar. Para os ratos, a oferta de água, comida e esconderijo já é o suficiente para captar sua atenção sobre o lugar”, explica Priscilla Duque, reforçando a preocupação em eliminar espaços como esse.
No setor da construção civil, o controle de pragas faz parte das normas regulamentadoras dos órgãos competentes, como medida de segurança à saúde e bem-estar dos trabalhadores, por meio do estabelecimento de condições sanitárias adequadas dos espaços de trabalho e alojamentos.
“O controle deve fazer parte do plano de execução de uma obra, que também inclui a investigação de possíveis áreas de abrigo de pragas, boa gestão dos resíduos e armazenagem adequada dos materiais”, pondera a especialista em pragas urbanas.
Ainda sobre os locais de construção, Priscilla lembra que a presença de cupins pode oferecer não só perda material como também risco à integridade física dos trabalhadores. “Na natureza, os cupins desempenham um papel importante na decomposição de árvores mortas, mas em regiões urbanas eles podem ser responsáveis por danos em estruturas compostas por madeira, que se tornam instáveis em suas funções”, finaliza a Responsável Técnica da Solaris.
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